O recente
relatório do Departamento de Defesa Norte Americano é claro no que diz respeito
à Base das Lajes: tem valor estratégico, mas neste momento não se justifica
manter lá um contingente militar. Cada dia parece menos provável que cheguem a
bom porto os esforços das autoridades portuguesas para manter a utilização
americana da Base das Lajes.
O
fracasso das negociações, patente neste relatório, teve o seu início na
década de 90, altura em que Portugal, tendo começado a receber os fundos
comunitários, menosprezou a importância da comparticipação norte-americana para
o desenvolvimento da Região. Ao mesmo tempo, nunca foram seriamente acauteladas
as implicações da saída das Lajes das forças dos Estados Unidos.
O
LIVRE-Açores manifesta a sua solidariedade para com os trabalhadores que ainda
se encontram afectos à Base das Lajes e exorta os Governos Regional e Central
- para concertarem uma estratégia de recuperação das valências da Base Aérea nº 4. A saída das forças militares Americanas da Base das Lajes não pode significar o fecho da mesma, com o consequente despedimento de todos os trabalhadores.
- a manterem os esforços para encontrar uma solução para a respectiva reintegração na vida activa.
O
LIVRE-Açores considera que a falta de planeamento a longo prazo e a recusa de
um modelo de desenvolvimento regional baseado nos recursos endógenos, que reduza
a dependência das “vontades” de terceiros, volta a colocar os Açores numa
situação de reagir perante os factos. Improvisa-se onde se devia agir
proactivamente. Os desafios que se colocam à Região nos contextos nacional,
europeu e global não se compadecem com este tipo de políticas.