quarta-feira, 23 de março de 2016

Base das Lajes - Os perigos do improviso


O recente relatório do Departamento de Defesa Norte Americano é claro no que diz respeito à Base das Lajes: tem valor estratégico, mas neste momento não se justifica manter lá um contingente militar. Cada dia parece menos provável que cheguem a bom porto os esforços das autoridades portuguesas para manter a utilização americana da Base das Lajes.

O fracasso das negociações, patente neste relatório, teve o seu início na década de 90, altura em que Portugal, tendo começado a receber os fundos comunitários, menosprezou a importância da comparticipação norte-americana para o desenvolvimento da Região. Ao mesmo tempo, nunca foram seriamente acauteladas as implicações da saída das Lajes das forças dos Estados Unidos.

O LIVRE-Açores manifesta a sua solidariedade para com os trabalhadores que ainda se encontram afectos à Base das Lajes e exorta os Governos Regional e Central
  • para concertarem uma estratégia de recuperação das valências da Base Aérea nº 4. A saída das forças militares Americanas da Base das Lajes não pode significar o fecho da mesma, com o consequente despedimento de todos os trabalhadores.
  • a manterem os esforços para encontrar uma solução para a respectiva reintegração na vida activa.

O LIVRE-Açores considera que a falta de planeamento a longo prazo e a recusa de um modelo de desenvolvimento regional baseado nos recursos endógenos, que reduza a dependência das “vontades” de terceiros, volta a colocar os Açores numa situação de reagir perante os factos. Improvisa-se onde se devia agir proactivamente. Os desafios que se colocam à Região nos contextos nacional, europeu e global não se compadecem com este tipo de políticas.