Querer
pensar no lixo seria no mínimo estranho, pouco criativo ou até parecer coisa de
“rating”, não fosse este um problema com o qual lidamos de forma muito pouco
ambiciosa.
Isso
reflecte-se na opção pela construção de duas incineradoras: na Terceira e em S.
Miguel, estando a primeira praticamente concluída e já em fase de testes.
Para
a incineradora da Terceira, cuja empresa gestora Teramb
(Empresa Municipal de Gestão e Valorização Ambiental da Ilha Terceira) gere
ainda o aterro
intermunicipal da Ilha Terceira, prevê-se o processamento anual
de cerca de 66 mil toneladas de resíduos provenientes das ilhas dos Grupos
Central e Ocidental (http://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-residuos/menus/secundario/PEGRA/).
Havendo desde o início a suspeição da
possibilidade de incineração de resíduos em bruto, o que implicaria o não
cumprimento das metas de reciclagem até 2020 para a ilha Terceira, a QUERCUS apresentou queixa
à Comissão Europeia do incumprimento da legislação comunitária na avaliação do
impacte ambiental deste projecto de incineração (também apresentou queixa para
o projecto da incineradora de S. Miguel) em 8 de Maio de 2014.
Por outro lado, os municípios de S. Miguel terão justificado a
incineradora na sua ilha com a “existência de mais de 472 incineradoras em toda
a Europa” (LUSA 11/11/2014 - 12:13); lamentavelmente só nos
Açores passará a haver duas!
Ficam por pensar e debater outras alternativas,
como por exemplo o tratamento mecânico
e biológico (TMB) que certamente trariam mais benefícios ambientais e sendo
uma mais valia para um desenvolvimento sustentável.
E, claro está: Reduzir,
Reutilizar e Reciclar!