quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Um emprego digno como chave para a inclusão.


Os recentes resultados indicam para a última eleição presidencial que abstenção no estrangeiro atingiu 95,5%.

Como causas apontam-se as usuais mas, certamente que a burocracia não facilitará que um cidadão português no estrangeiro cumpra os seus direitos de cidadania; aliás, todos conhecemos as dificuldades impostas pelos actuais procedimentos administrativos em vigor para os residentes no país e que deveriam ser motivadoras, sobretudo para os jovens que estudam fora da sua zona de residência e eleitoral.

No entanto existem outros factores relevantes como a baixa escolaridade e a pobreza, tantas vezes de mão dada e, que só por si condicionam fortemente o interesse, a motivação e a disponibilidade para uma participação cidadã. Ou, dito de outro modo: a pobreza exclui!

E, nos anos recentes, o aumento do número de indivíduos e/ou famílias em condições de pobreza aumentou grandemente: no terceiro trimestre de 2015, existiam 14 978 pessoas desempregadas nos Açores e, mais de 300 mil pessoas sem trabalho há mais de dois anos em todo o país. Também a desregulamentação das relações de trabalho com a imediata fragilização do empregado promovendo aquilo que classificamos como subemprego tem sido crescente: e é muito interessante ouvir o argumento da direita de antes este (subemprego) do que nenhum! 

Mas o emprego como chave da inclusão terá de ser sempre digno correspondendo às expectativas do desenvolvimento humano e social exigidas por um país democrático e solidário. 

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